Durante os 30 anos de existência do Primeiro Comando da Capital, PCC, muitos eventos construíram e acompanharam a sua formação, dentre esses destacam-se alguns. É este o objetivo do texto, construir a partir de eventos históricos uma imagem ampla do grupo, e contextualizá-lo dentro da contemporaneidade brasileira. Para isso foram selecionados os seguintes anos como norteadores: 1993, 2001, 2002, 2006 e 2016. Os anos são apenas referências onde alguns eventos se destacam, dentro dessa breve linha do tempo haverão intersecções.
É após o massacre do Carandiru e a discussão sobre direitos humanos dos presos que o Primeiro Comando da Capital (PCC) surgiu, em 1993, na Casa de Custódia de Taubaté, vulgo Piranhão. Durante o campeonato de futebol na casa de custódia que o grupo se oficializou, após um violento acerto de contas com presos de outra galeria do presídio, com execuções, os primeiros irmãos, os fundadores se reuniram e oficializaram o PCC. Fundado oficialmente em 1993, inspirado pelo lema da falange vermelha de “paz, justiça e liberdade” e consequente da grande violência nos presídios dos anos 90, o PCC se torna um forte nome de resistência contra a violência carcerária, o grupo aos poucos se organiza e se expande para defender seus membros. Naquela época o discurso de proteção e de mudança atraiu muitos irmãos.