Categoria [Artigos e Pesquisas – OSP]
32 anos do massacre do Carandiru: Disputas e consequências
Foucault, a genealogia e sua “caixa de ferramentas”
O pensador francês Michel Foucault (1926-1984) apresenta, no conjunto de sua obra, uma abordagem crítica original das relações de poder, dos discursos que veiculam saberes, dos modos de subjetivação (formas nas quais os sujeitos se compreendem e são apreendidos pela sociedade). Na construção de seu prisma analítico, Foucault constituiu uma síntese peculiar de diversos pensadores como Nietzsche, Canguilhem, Kant e Hyppolite (Eribon, 1990).[2] Abordagem tributária também das efervescências contestatórias de seu contexto, muitas nas quais se envolveu diretamente: o Maio de 68, as forças antipsiquiátricas, as lutas dos prisioneiros e os movimentos de liberação sexual (Fontana; Bertani, 1999, p. 344).
Análise da peça “traga-me a cabeça de Lima Barreto” sob a ótica da sociologia do conhecimento.
O presente trabalho procura realizar uma análise da peça de teatro “Traga-me a cabeça de Lima Barreto”, protagonizada pelo ator baiano Hilton Cobra, sob a ótica das discussões realizadas na área da Sociologia do Conhecimento. Dessa maneira, o texto irá abordar os principais pontos discutidos na peça, abarcando a relação existente entre produção de conhecimento e poder, fato exemplificado pela trajetória individual de Lima Barreto, que teve a sua produção artística descredibilizada por se caracterizar enquanto um indivíduo negro e subalternizado dentro da primeira república brasileira.
O fim da operação Verão/Escudo na baixada santista: problemáticas, impactos e o porvir
O Observatório de Segurança Pública e Relações Comunitárias (OSP), prossegue nas análises e pesquisas sobre fenômenos de violência, segurança pública e criminalidade, agora encerrando a trilogia de textos sobre a operação Verão/Escudo no inicio de 2024.
A violência e massacre como política de segurança pública: a continuação da operação Verão/Escudo na baixada santista
O OSP continua na produção de análises sobre a situação das operações policiais Verão/Escudo na baixada santista.
O objetivo deste texto é dar continuidade ao processo da operação Verão/Escudo, iniciada no final de janeiro e começo de fevereiro, traçando no período de 10 de fevereiro até 15 de março (data da publicação deste artigo), momento em que se consolida a operação policial nas cidades do litoral sul. O foco é investigar os massacres cometidos, o perfil das vítimas, o discurso que legitima a prática violenta, os interesses por trás das políticas de segurança pública do governo do Estado de São Paulo e das forças policiais.
A nova onda de violência na baixada santista e a operação escudo em 2024: comentários iniciais
Relembrando a escrita sobre a chacina do Guarujá em 2023 e a operação escudo, o Observatório de Segurança Pública e Relações Comunitárias (OSP), traz uma nova reflexão sobre este caso - parafraseando o título do texto de 2023, com novas tragédias e antigos problemas - com o objetivo de analisar esta situação atual, sob processo contínuo da política de segurança pública do governo Tarcísio de Freitas, e as consequências dessa onda de violência na baixada santista em 2024. Em resumo, enquanto informações oficiais do governo e da imprensa, houve desde o dia 26 de janeiro até o dia 08 de fevereiro - pouco mais de 10 dias - a morte de 3 policiais (2 PM e 1 da ROTA) e de 8 suspeitos. Não houve, atrelado com as informações atuais, uma caracterização de uma chacina no sentido clássico feita pelas forças policiais, isto é, múltiplos assassinatos em uma mesma territorialidade e mesma temporalidade, todavia, é nítido que há fortes acirramentos entre as forças policiais (principalmente após a morte do agente da ROTA) e a criminalidade na baixada santista, o que aumenta a violência para a população, torna mais abusivo o poder da polícia e traz muitas vitimas, incluindo policiais.
Um olhar cinematográfico sobre “A história da Loucura”: “O sétimo selo”
Em sua tese de doutorado, Michel Foucault, a partir de uma reconstituição arqueológica, enuncia os diversos discursos sobre o que convencionou chamar de loucura.
30 anos do Primeiro Comando da Capital: Marcos Históricos e Expansão
Durante os 30 anos de existência do Primeiro Comando da Capital, PCC, muitos eventos construíram e acompanharam a sua formação, dentre esses destacam-se alguns. É este o objetivo do texto, construir a partir de eventos históricos uma imagem ampla do grupo, e contextualizá-lo dentro da contemporaneidade brasileira. Para isso foram selecionados os seguintes anos como norteadores: 1993, 2001, 2002, 2006 e 2016. Os anos são apenas referências onde alguns eventos se destacam, dentro dessa breve linha do tempo haverão intersecções.
Neurodivergência e cultura na escola: uma proposta para dialogar entre diferenças
“Neurodivergência” é um termo amplo. Suas possíveis definições, como “Que ou quem possui um funcionamento cerebral e comportamental que abrange várias diferenças neurológicas relativamente aos padrões considerados normais.”(Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2023, https://dicionario.priberam.org/neurodivergente), tem, em si mesmas, o fato de que se define o divergente a partir de uma referência de normalidade, de regra. A partir dessa regra, nomeiam-se as diferentes condições neurológicas como a dislexia, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).